Soja fecha em alta em Chicago
Outro fator de suporte para a soja foi a valorização do óleo
O IGC reduziu sua projeção para a produção mundial de soja em 2024/25 - Foto: Nadia Borges
A soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a quinta-feira (20) em alta, impulsionada pelo corte na estimativa de safra global realizado pelo Conselho Internacional de Grãos (IGC) e pelo avanço nos preços do óleo de soja. Segundo a TF Agroeconômica, o contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, subiu 1,33%, ou 13,75 cents/bushel, fechando a US$ 1.045,50. Já a posição para maio avançou 1,41%, ou 14,75 cents/bushel, para US$ 1.063,00. O farelo de soja para março teve alta de 0,44%, encerrando a US$ 296,0 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja para março subiu 2,07%, cotado a US$ 47,26 por libra-peso.
O IGC reduziu sua projeção para a produção mundial de soja em 2024/25 em 2 milhões de toneladas, fixando-a em 418 milhões de toneladas, abaixo da estimativa do USDA, que aponta 420,76 milhões de toneladas. O ajuste foi motivado por problemas climáticos na Argentina e no Paraguai, que podem comprometer o volume de colheita nessas regiões. Além disso, um novo aceno do governo Trump à China pode amenizar as tensões comerciais entre os dois países e favorecer a continuidade das exportações de grãos norte-americanos para o mercado chinês.
Outro fator de suporte para a soja foi a valorização do óleo, que retomou sua trajetória de alta após realização de lucros no dia anterior. A posição de março subiu US$ 21,17, sendo ajustada para US$ 1.041,88 por tonelada. A perspectiva de que os Estados Unidos possam impor tarifas sobre o óleo de canola do Canadá e o óleo de cozinha usado importado da China e da União Europeia aumenta as expectativas de maior demanda interna por óleo de soja. No entanto, essa possibilidade ainda está no campo das especulações.
