Gripe aviária: riscos e medidas de prevenção
Os sintomas variam de leves a graves
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A gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, tem preocupado especialistas devido ao seu avanço global desde 2021. Nos EUA, o vírus já infectou quase mil rebanhos leiteiros e levou ao sacrifício de mais de 130 milhões de aves. Recentemente, a Califórnia declarou emergência sanitária após a detecção do vírus em 70% das fazendas leiteiras. Embora infecções humanas sejam raras, mutações recentes sugerem um risco crescente de adaptação do vírus aos humanos.
“O vírus da gripe aviária H5N1, particularmente uma variante chamada 2.3.4.4b, vem se espalhando progressivamente pelo mundo, desde 2021. O vírus evoluiu para se tornar capaz de infectar uma diversidade de espécies de aves, mamíferos marinhos, gado e até mesmo, ocasionalmente, humanos”, explica Décio Luiz Gazzoni, engenheiro agrônomo, membro do Conselho Científico Agro Sustentável e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica.
Casos de infecção ocorrem principalmente por contato direto com aves contaminadas ou ambientes infectados. No entanto, registros de pacientes sem exposição conhecida a animais aumentam o temor de uma possível transmissão entre humanos. Estudos indicam que uma única mutação pode facilitar essa adaptação, tornando o vírus ainda mais perigoso.
Os sintomas variam de leves a graves, incluindo febre, tosse, pneumonia e dificuldades respiratórias. Para minimizar os riscos, especialistas recomendam evitar contato direto com aves doentes, consumir apenas produtos lácteos pasteurizados e adotar medidas de higiene rigorosas. O monitoramento constante da evolução do vírus e investimentos em pesquisa são essenciais para prevenir uma nova pandemia.
A experiência com a Covid-19 reforça a necessidade de vigilância e ação rápida. A redução da exposição ao H5N1 pode diminuir as chances de mutações que tornem a transmissão entre humanos mais eficiente. A adoção de políticas públicas eficazes e a disseminação de informações confiáveis são cruciais para conter a ameaça da gripe aviária.
“O risco potencial do H5N1 inclui-se no contexto de que as pandemias são raras, mas não impossíveis. Cada mutação traz o vírus um passo mais perto do limite, mas predizer se um vírus vai vencer esta barreira é um evento imponderável e imprevisível. De toda a maneira, a história recente com a Covid 19 mostrou o quanto uma pandemia pode ser devastadora”, comenta.