Chuvas aliviam estiagem e melhoram pastagens
Chuvas favorecem pastagens e pecuária no Rio Grande do Sul
As recentes chuvas trouxeram melhora na oferta de forragem para os bovinos de corte no Rio Grande do Sul, aliviando os efeitos da estiagem. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (30), a temporada reprodutiva segue em andamento, e os diagnósticos de gestação continuam sendo realizados.
Apesar da redução do calor, os animais ainda buscam pastar nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, quando as temperaturas são mais amenas. No aspecto sanitário, o controle de moscas e carrapatos tem sido mantido pelos produtores.
Na região de Bagé, a expectativa é de melhora na disponibilidade de forragem e nos recursos hídricos, mas algumas propriedades ainda sofrem com escassez de água, resultando em sobrecarga das pastagens. Em Caxias do Sul, o mercado segue aquecido, apesar da ausência de vendas de terneiros até o momento.
Em Erechim, os preços do gado gordo permanecem estáveis, com exceção da vaca gorda, que teve queda devido à redução no consumo no início do ano. Já em Frederico Westphalen, as chuvas mais frequentes favoreceram o crescimento das forrageiras, mantendo o manejo sanitário dentro da normalidade.
Na região de Passo Fundo, a comercialização está em alta, com expectativa de aumento da demanda. No entanto, a redução da oferta de água preocupa os pecuaristas. Em Pelotas, o desconforto dos animais persiste devido à alta umidade e temperaturas acima de 30°C. Em Porto Alegre, a estiagem afeta o crescimento da forragem e provoca desconforto térmico nos animais, reduzindo o tempo de pastejo.
Já em Santa Maria, as chuvas recentes ajudaram parcialmente na recuperação das pastagens, mas o aumento das infestações de carrapato exige atenção. Na região de Santa Rosa, a perda de peso dos bovinos já é perceptível, levando produtores a antecipar a comercialização para evitar maiores prejuízos. Em Soledade e Encruzilhada do Sul, a baixa umidade prejudica as pastagens de verão, comprometendo a oferta de forragem.
O levantamento semanal da Emater/RS-Ascar apontou que o preço médio do boi gordo caiu 0,74%, passando de R$ 10,87 para R$ 10,79/kg vivo. Já a vaca para abate registrou um leve aumento de 0,21%, indo de R$ 9,61 para R$ 9,63/kg vivo.
Com a expectativa de variações no mercado e condições climáticas incertas, os pecuaristas seguem atentos aos desafios da produção e comercialização.