
A B3 registrou queda na maioria dos contratos de milho nesta quarta-feira (19), pressionada pelo avanço da colheita no Brasil, segundo a TF Agroeconômica. Apenas o contrato de março/25 teve alta, enquanto os demais encerraram o dia em baixa. O mercado físico sofre menor pressão de compra devido à retração em Chicago e ao avanço da colheita da primeira safra. A Conab indicou que a colheita segue no mesmo ritmo de 2024, enquanto o plantio do milho safrinha ganha espaço. Além disso, a Anec revisou para baixo as exportações de fevereiro em 1,56%, mas ainda assim o volume é 76,78% superior ao do ano passado.
Os contratos futuros encerraram de forma mista: março/25 fechou em R$ 80,83 (+R$ 0,09 no dia, +R$ 2,18 na semana), maio/25 caiu para R$ 76,86 (-R$ 0,09 no dia, +R$ 0,11 na semana) e julho/25 recuou para R$ 72,40 (-R$ 0,50 no dia, -R$ 0,25 na semana).
Em Chicago, o milho também fechou em baixa, influenciado pela realização de lucros após quatro dias consecutivos de alta. O contrato de março caiu 0,90%, encerrando em US$ 4,97/bushel, enquanto o contrato de maio recuou 0,68%, para US$ 5,12/bushel. O mercado especulativo recuou diante da forte demanda pelo milho americano e das incertezas sobre a safra no Brasil e Argentina.
“Para o milho ficou claro o movimento especulativo, após quatro altas sustentadas pela boa demanda do grão americano e as dúvidas sobre o potencial da colheita no Brasil e Argentina. O Brasil ainda apresenta um atraso substancial no plantio do milho safrinha, enquanto a Argentina sofreu com o clima. No entanto, as cotações estão em um patamar elevado, próximas da máxima de 16 meses”, conclui.