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Enzimas são aliadas na nutrição de suínos  

“Xilanase, fitase e a-galactosidase são exemplos das enzimas mais utilizadas"



"O uso estratégico de enzimas, aliado a um bom planejamento da dieta pode maximizar os benefícios econômicos, sociais e ambientais" "O uso estratégico de enzimas, aliado a um bom planejamento da dieta pode maximizar os benefícios econômicos, sociais e ambientais" - Foto: Embrapa - MORÉS, Nelson

A qualidade da matéria-prima nas rações animais é um dos maiores desafios da indústria de nutrição animal. Muitos dos grãos e coprodutos utilizados possuem componentes nutricionais de difícil digestão para suínos, como os polissacarídeos não amiláceos (PNA’s) e o fitato, que limitam a absorção de minerais essenciais como Fósforo, Cálcio e Zinco.  

Para superar essa limitação, o uso de enzimas exógenas se tornou essencial. Segundo Mateus Gonçalves, zootecnista da Auster Nutrição Animal, enzimas como xilanase, fitase e α-galactosidase ajudam a quebrar estruturas celulares e reduzir fatores antinutricionais, melhorando a digestibilidade e o desempenho dos animais. Além disso, essas enzimas auxiliam na modulação da microbiota intestinal e na absorção de nutrientes.  

“Xilanase, fitase e α-galactosidase são exemplos das enzimas mais utilizadas atualmente. Elas possuem papel importante na dieta, especialmente em relação à atuação de diversos fatores antinutricionais, que, quando presentes, podem reduzir a disponibilidade de alguns nutrientes, acarretar em uma má digestão e consequentemente afetar o desempenho do animal”, comenta.

A fitase, por exemplo, é fundamental para disponibilizar o fósforo presente nos grãos, reduzindo custos com suplementação mineral e minimizando a excreção ambiental. No entanto, sua eficiência depende de fatores como pH digestivo, idade e saúde dos animais. O uso estratégico dessas enzimas, aliado a um planejamento nutricional adequado, pode tornar a suinocultura mais eficiente e sustentável.

“Pensando nisso, a adição de fitase também apresenta vantagens econômicas e ambientais, pois ao promover a melhoria na eficiência da digestão, poderá oportunizar uma redução nos custos com a alimentação e na excreção deste mineral no meio ambiente. No entanto, a eficiência das enzimas depende de diversos fatores, como por exemplo a qualidade da ração, pH do trato digestivo, temperatura, idade e saúde dos animais. Portanto, para se obter os melhores resultados, torna-se importante compreender o papel e os mecanismos de ação das mesmas, assim como os fatores que influenciam a sua eficiência. O uso estratégico de enzimas, aliado a um bom planejamento da dieta pode maximizar os benefícios econômicos, sociais e ambientais, otimizando a formulação de rações e auxiliando na promoção de uma suinocultura mais eficiente e sustentável”, conclui.
 

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