Agricultura avança com inovação genética
A edição genética vem substituindo técnicas mais antigas
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As empresas de biotecnologia agrícola estão adotando a edição genética como ferramenta para aprimorar cultivos e enfrentar desafios como mudanças climáticas e segurança alimentar. Tecnologias como CRISPR permitem o desenvolvimento de variedades mais resistentes a doenças, com maior produtividade e qualidade nutricional, reduzindo significativamente o tempo necessário para obtenção de novas variedades. Segundo a Genetic Engineering & Biotechnology News, essa abordagem tem sido crucial para evitar a extinção de alimentos como o plátano, ameaçado por doenças fúngicas.
A edição genética vem substituindo técnicas mais antigas, como o uso de T-ADN, devido à sua precisão e capacidade de realizar múltiplas alterações simultaneamente. Empresas como Inari e Elo Life Sciences estão investindo no aprimoramento de cultivos como soja, milho e trigo por meio de modelagem computacional e inteligência artificial. A Inari, por exemplo, utiliza edição multiplex para melhorar a eficiência hídrica e nutricional das plantas, reduzindo a necessidade de insumos agrícolas.
Outro exemplo é a parceria entre a Elo Life Sciences e a Dole para desenvolver bananas resistentes ao fungo tropical TR4, que ameaça as plantações mundiais. Através da edição genética, os pesquisadores conseguiram modificar pequenos trechos do genoma da banana Cavendish para fortalecer sua resistência, reduzindo o risco de extinção dessa variedade amplamente comercializada.
Com as crescentes ameaças ambientais e sanitárias à produção agrícola, a edição genética surge como solução viável para acelerar o desenvolvimento de variedades mais adaptadas. O tempo de resposta para a criação de novas plantas pode ser reduzido de décadas para apenas cinco anos, tornando a tecnologia uma aliada essencial para garantir a segurança alimentar global.