Uso de bioinsumos cresce, mas desafios persistem
Os próprios produtores identificam o custo elevado
Uma pesquisa da Fiesp com 514 produtores agropecuários de todas as regiões do Brasil revela que 66% deles utilizam produtos biológicos, com 74% dos agricultores e 38% dos pecuaristas adotando essa tecnologia. Entre os usuários, 45% aplicam bioinsumos em toda a área cultivada, indicando uma crescente aceitação no setor agrícola.
Nesse contexto, o Monitor de Tendências do Agronegócio Brasileiro aponta que, apesar da difusão dos bioinsumos, sua adoção em larga escala ainda enfrenta desafios significativos. Os próprios produtores identificam o custo elevado, a dificuldade de aplicação e problemas de armazenamento como as principais barreiras para uma maior utilização. Esses obstáculos podem impactar a viabilidade econômica e operacional da adoção de práticas mais sustentáveis.
De acordo com os dados, cerca de 31% dos produtores não utilizam bioinsumos, sendo 59% deles pecuaristas e 24% agricultores. Os motivos incluem a falta de informação, a percepção de eficácia variável e o alto preço dos produtos. Esta lacuna informativa destaca a necessidade de iniciativas que promovam a conscientização sobre os benefícios dos bioinsumos, além de melhorias na acessibilidade.
A pesquisa também revela que qualidade, preço e marca são os fatores mais considerados na hora da compra. Com isso, é fundamental investir em educação e em estratégias que incentivem a adoção de bioinsumos, visando não apenas a produtividade, mas também a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Superar esses entraves pode resultar em um impacto positivo significativo para o setor.