O consórcio tem se consolidado como uma alternativa estratégica para o agronegócio, especialmente diante do cenário econômico desafiador previsto para 2025. Conforme o Boletim Focus, divulgado na última semana de 2024, a inflação registrou a 11ª alta consecutiva, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estimado em 4,96%. Além disso, a taxa básica de juros, a Selic, deve permanecer em 14,75% ao longo do ano, enquanto a previsão para o dólar foi ajustada para cima pela nona vez seguida. Nesse contexto, o consórcio oferece uma solução vantajosa, permitindo planejamento financeiro e aquisição de bens sem a incidência de juros.
Com essa modalidade, produtores rurais podem investir em uma ampla gama de maquinários e equipamentos agrícolas, essenciais para a modernização das lavouras. A ausência de juros, somada à possibilidade de compras programadas, permite maior controle sobre as finanças, reduzindo os impactos das instabilidades econômicas. Isso faz do consórcio uma escolha estratégica tanto para pequenos quanto para grandes produtores, que buscam inovação e eficiência em suas operações.
O crescimento do consórcio no agronegócio é evidente nos dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Entre janeiro e novembro de 2024, o segmento de veículos pesados, que inclui caminhões, máquinas e implementos agrícolas, registrou 864 mil participantes ativos, representando um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse avanço demonstra como a modalidade vem ganhando força em momentos de altas taxas de juros e incertezas financeiras.