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Percevejo barriga-verde pode sobreviver entre safras

Medidas preventivas são importantes para evitar o ataque



Foto: Arquivo

Entre as maiores ameaças às lavouras de milho e trigo no Brasil, o percevejo barriga-verde (dichelops furcatus) se destaca por sua habilidade de se esconder e sobreviver mesmo fora do ciclo produtivo. Silencioso e quase imperceptível, permanece em restos de culturas e plantas daninhas entre as safras, aguardando o momento ideal para atacar as plantas jovens e causar danos.

As condições do sistema de plantio direto, amplamente utilizado no país, favorecem ainda mais a sobrevivência desse “exército invisível”. Sem o revolvimento do solo, os restos culturais criam um ambiente perfeito para que os percevejos fiquem protegidos e bem alimentados até a próxima safra.

O problema começa quando, ao emergirem, os percevejos introduzem seus estiletes na base das plantas, injetando toxinas e causando sintomas como o “coração morto” – quando as folhas centrais murcham e a planta seca por completo. Em casos menos severos, os danos levam a deformações que comprometem o crescimento e a produtividade, como o multiespigamento.

Especialistas recomendam medidas preventivas para evitar o ataque. O manejo deve começar ainda no ciclo anterior da soja, com a dessecação antecipada da área e eliminação de plantas hospedeiras", explica um pesquisador. Monitoramento rigoroso também é essencial. A presença de 1 percevejo vivo a cada 10 plantas já é suficiente para justificar o controle químico ou biológico.

 

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