Preço do milho tem leve baixa no mercado
Plantio da safrinha está finalizado em âmbito nacional

Uma análise divulgada nesta quinta-feira (24) pela Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) revela uma leve retração nos preços do milho no mercado brasileiro durante a semana de 18 a 24 de abril.
Segundo o levantamento da Ceema, a média de preços no Rio Grande do Sul encerrou a semana em R$ 68,24 por saca, enquanto as principais praças de negociação praticaram uma média de R$ 67,00. No restante do país, a variação de preços médios ficou entre R$ 61,00 e R$ 85,00 por saca.
A justificativa para esse movimento, conforme a análise, reside no comportamento dos compradores, que estariam "utilizando seus estoques, esperando um recuo maior dos preços internos". Em contrapartida, os vendedores demonstram maior "flexibilidade na formação dos preços e nos prazos de negociação".
O relatório da Ceema também destaca a crescente influência do clima nas regiões produtoras da segunda safra. "O clima torna-se o elemento central nas regiões de cultivo da segunda safra, já que o Paraná e o Mato Grosso do Sul esperam mais umidade", aponta o estudo.
Em relação ao andamento das safras, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informa que o plantio da safrinha está finalizado em âmbito nacional. A colheita da safra de verão, ainda de acordo com a Conab, atingiu 65,5% da área cultivada no início desta semana, superando a média histórica de 60,3% para o mesmo período.
Outro ponto de destaque no cenário do milho é o relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) referente aos custos de produção para a safra 2025/26. O Imea aponta que o custeio do milho de alta tecnologia alcançou R$ 3.163,85 por hectare em março, registrando um aumento em relação a fevereiro devido à elevação dos preços de defensivos, sementes e macronutrientes.
Diante desse cenário, o Custo Operacional Efetivo (COE) para o ciclo 2025/26 atingiu R$ 4.640,95 por hectare, enquanto o Custo Operacional Total (COT) ficou em R$ 5.228,64 por hectare, e o Custo Total (CT) alcançou R$ 6.515,04 por hectare.
O relatório do Imea salienta que, para cobrir os gastos com o Custo Operacional Efetivo, considerando o preço médio ponderado de comercialização até março de 2025, de R$ 43,12 por saca, o produtor mato-grossense precisará de uma produtividade média de 107,6 sacas por hectare na safra 2025/26. "Ou seja, mais uma vez o clima terá que correr muito bem para se alcançar tal resultado", conclui o instituto.