Abate de bovinos cresce 23,9% em Goiás

De acordo com a edição de outubro do boletim Agro em Dado, divulgado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Goiás, a seca prolongada na entressafra da bovinocultura brasileira está impactando a oferta de animais terminados a criados a pasto, além de reduzir o abate de fêmeas em razão do período de reprodução que se aproxima. Esse cenário tem levado a uma maior liquidação de rebanhos, abrindo espaço para a oferta de animais confinados nos próximos meses.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um aumento no volume de abates de bovinos nos primeiros seis meses de 2024. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 21% no Brasil e 23,9% em Goiás. A valorização da carne bovina, em alta desde julho, tem superado os preços de 2023 a partir de agosto, impulsionada pela maior demanda interna e pelo bom desempenho nas exportações, que devem atingir um recorde neste ano.

De acordo com o boletim, em agosto, o Brasil registrou o segundo maior volume de embarques do ano, totalizando 245,3 mil toneladas de carne bovina, um crescimento de 17,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Em valor, as exportações somaram US$ 1,0 bilhão, um aumento de 13,5%. Em Goiás, o volume exportado foi de 34,2 mil toneladas, gerando US$ 148,5 milhões, o que representa aumentos de 8,3% e 6,1%, respectivamente. Esses resultados refletem tanto a ampliação da oferta quanto os esforços do setor e do governo federal para diversificar os mercados de destino da carne bovina brasileira.

Novas oportunidades também foram anunciadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Recentemente, o país firmou um acordo com Papua Nova Guiné, que aprovou os certificados sanitários para a importação de carne de aves e cortes bovinos desossados do Brasil. Os frigoríficos brasileiros aprovados para essa exportação passaram por inspeção e foram autorizados no ano passado, conforme o boletim Agro em Dado.