Produção de arroz no Brasil deve crescer 14% em 2025, mas La Niña segue como alerta
Ddesafios climáticos ainda persistem no Rio Grande do Sul
A semeadura de arroz no Brasil está na fase final, com 94% da área total plantada até 5 de janeiro, segundo dados divulgados pelo Itaú BBA, com base em informações da Conab. O Rio Grande do Sul, principal estado produtor, alcançou 98% da área prevista, de acordo com o Instituto Rio Grandense do arroz (Irga). No entanto, a Região Central do estado registrou um avanço menor, com 85% da área semeada, reflexo das enchentes de maio e das chuvas subsequentes. Em Santa Catarina, o plantio já foi concluído, e as condições climáticas no Sul têm sido favoráveis para o desenvolvimento da cultura.
A Conab projeta que a produção brasileira de arroz em 2025 chegará a 12,1 milhões de toneladas em casca, um aumento de 14% em comparação à safra anterior. Este crescimento é atribuído à melhoria na produtividade e à expansão da área plantada. Apesar disso, especialistas alertam para os riscos associados ao fenômeno climático La Niña, que ainda pode impactar os resultados finais da safra.
Mercosul em alta
No restante do Mercosul, as perspectivas também são otimistas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que o bloco produzirá 10,9 milhões de toneladas de arroz beneficiado, o equivalente a 16,0 milhões de toneladas em casca. Este volume representa o maior nível de produção desde a safra 2014/15.
Para o Brasil, o USDA projeta uma produção de 8,0 milhões de toneladas de arroz beneficiado, ou 11,8 milhões de toneladas em casca, um pouco abaixo das estimativas da Conab. Segundo a análise do Itaú BBA, a oferta significativa de arroz no Mercosul deve manter a pressão sobre os preços em 2025, especialmente no mercado internacional.