Venda ao México e exportações sustentam milho nos EUA
No entanto, fatores baixistas também surgiram

A TF Agroeconômica destacou fatores de alta e baixa que influenciam o mercado do milho. No lado positivo, exportadores privados dos EUA venderam 115 mil toneladas de milho para o México, com entrega prevista para o ciclo 2024/25. Além disso, as inspeções de exportação aumentaram na semana até 27 de fevereiro, totalizando 1,351 milhão de toneladas, ficando no limite superior das projeções dos analistas. O México liderou as compras, com 416,56 mil toneladas, enquanto o volume acumulado no ano comercial já soma 27,25 milhões de toneladas, acima do ritmo registrado no ano passado.
No entanto, fatores baixistas também surgiram. A transição do fenômeno La Niña para condições neutras de ENSO pode impactar a produção agrícola global, segundo o meteorologista do USDA, Brad Rippey. Além disso, a secretária de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, mencionou um pacote de US$ 30 bilhões em assistência emergencial aos produtores, aprovado pelo Congresso, o que pode influenciar a dinâmica do mercado.
Outro fator de preocupação veio do ex-presidente Donald Trump, que anunciou a imposição de tarifas sobre importações agrícolas a partir de 2 de abril. No entanto, a TF Agroeconômica avalia essa decisão como um erro estratégico, pois, sem exportações para escoar os excedentes, os preços podem cair abaixo dos custos de produção, reduzindo a oferta no médio e longo prazo.
“Se os excedentes não forem escoados, ficam no país e pressionam os preços para baixo, podendo chegar abaixo dos custos de produção, resultando em menos produção a médio e longo prazos. A exportação é necessária para garantir bons preços, divisas para o país e qualidade dos produtos”, conclui.