Milho: avanço da colheita impacta preços, mas vendedores seguem retraídos
Pressão de oferta versus demanda interna e externa

A colheita da safra de verão de milho segue avançando no Brasil, ampliando a oferta do cereal e pressionando os preços em algumas praças produtoras. No entanto, segundo o boletim informativo do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), muitos vendedores estão retraídos, o que tem evitado quedas expressivas nas cotações e, em alguns casos, até sustentado os valores.
Pressão de oferta versus demanda interna e externa
Com o aumento da disponibilidade do grão, compradores têm buscado negociar com preços mais baixos. No entanto, a postura mais cautelosa dos produtores, que estão focados na colheita e na comercialização da soja, tem equilibrado o mercado. Além disso, a demanda interna segue firme, especialmente das indústrias de ração animal, que precisam manter estoques para abastecimento contínuo.
No cenário externo, o Brasil segue competitivo no mercado de exportação, especialmente com o dólar em patamares favoráveis. As vendas para o mercado internacional podem atuar como fator de suporte para os preços nas próximas semanas, dependendo da evolução da demanda e das condições logísticas.
Safra de inverno e expectativas para os preços
Enquanto a safra de verão avança, a semeadura da segunda safra de milho (safrinha) também ganha ritmo. Produtores estão atentos às condições climáticas, já que a produtividade da safrinha será crucial para definir a oferta total do cereal em 2024.
De acordo com o Cepea, os preços do milho nos próximos meses dependerão da relação entre oferta e demanda, do comportamento do dólar e do ritmo das exportações. Com um mercado ainda volátil, analistas recomendam que produtores avaliem estratégias de comercialização para garantir melhores margens de lucro.