Danone Brasil nega interrupção na compra de soja nacional após rumores
Polêmica surgiu após a aprovação de uma lei em MT que retira incentivos fiscais
Em resposta a informações veiculadas recentemente, a Danone Brasil emitiu uma nota oficial desmentindo alegações sobre a interrupção da compra de soja brasileira. A empresa reafirmou o compromisso com seus fornecedores locais e garantiu que continua adquirindo soja em conformidade com regulamentações locais e internacionais.
A polêmica surgiu após a aprovação de uma lei em Mato Grosso que retira incentivos fiscais de empresas aderentes à Moratória da Soja, acordo voluntário que proíbe a comercialização de soja cultivada em áreas desmatadas na Amazônia. Em meio à discussão, surgiram rumores de que a Danone teria decidido interromper suas compras no Brasil, direcionando a aquisição do insumo para mercados asiáticos.
Em nota, a Danone esclareceu que a soja brasileira é um insumo essencial na cadeia de fornecimento e que não há mudanças no fluxo de aquisição. A empresa destacou que a maior parte do volume adquirido passa por sua Central de Compras, garantindo a rastreabilidade e a comprovação de origem de áreas livres de desmatamento.
Além disso, a Danone ressaltou que há mais de 50 anos investe no Brasil e apoia práticas sustentáveis em toda a sua cadeia de fornecimento, incentivando o desenvolvimento de produtores de diferentes portes.
Preocupação entre produtores e cenário político
Embora a multinacional tenha desmentido as informações, a situação chamou a atenção dos produtores rurais, preocupados com os impactos que a nova legislação pode ter sobre as relações comerciais e o agronegócio brasileiro. A decisão do governo de Mato Grosso de cortar benefícios fiscais para empresas que aderirem à Moratória da Soja é vista como uma medida controversa, pois pode influenciar a postura de grandes compradores internacionais. Analistas avaliam que, apesar da negativa oficial da Danone, o episódio revela a sensibilidade do mercado às pressões políticas e ambientais, especialmente em um momento em que sustentabilidade é um fator cada vez mais determinante nas cadeias globais de suprimentos.