Demanda impulsiona milho nas bolsas
Na B3, o contrato para março/25 fechou a R$ 76,33
Segundo informações da TF Agroeconômica, as cotações do milho na B3 fecharam em alta nesta quinta-feira (23), acompanhando o movimento positivo em Chicago. O recuo no dólar não foi suficiente para impactar a valorização do grão. Além disso, os atrasos na colheita da soja e do milho primeira safra, aliados ao encurtamento da janela de plantio da safrinha, que representa a maior parte da produção nacional, contribuíram para o suporte aos preços.
A demanda externa segue aquecida, com a ANEC revisando para cima as exportações brasileiras de milho em janeiro, de 2,98 milhões para 3,53 milhões de toneladas, superando os 3,51 milhões registrados no mesmo período de 2024. Os dados reforçam o apetite internacional pelo produto brasileiro, com impacto direto nas cotações domésticas.
Na B3, o contrato para março/25 fechou a R$ 76,33, registrando alta de R$ 0,27 no dia e acumulando R$ 0,11 na semana. Para maio/25, o preço subiu R$ 0,50, encerrando a R$ 75,59, enquanto julho/25 ficou em R$ 72,32, com elevação diária de R$ 0,12, mas acumulando baixa semanal de R$ 0,20.
Em Chicago, o milho também apresentou alta. O contrato de março subiu 1,14%, cotado a US$ 489,75 por bushel, e o de maio avançou 1,06%, para US$ 499,25 por bushel. Os investidores estão atentos ao clima na América do Sul, com previsão de colheita de milho na Argentina reduzida de 50 para 49 milhões de toneladas pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires. No Brasil, os mesmos atrasos que impactaram o mercado interno também reverberaram internacionalmente, destacando a relevância das condições climáticas para a safra global.