Estiagem impacta produtividade do milho

Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado na última quinta-feira (13), a colheita do milho no Rio Grande do Sul atingiu 69%. O avanço foi mais lento devido à priorização da colheita de outras culturas, como soja e arroz.

A estiagem afetou a produtividade, levando a uma reavaliação dos números. “A produtividade foi reestimada em 6.866 kg por hectare, representando uma redução de 3,5% em relação à projeção inicial de 7.116 kg/ha”, informou a Emater. Apesar da revisão para baixo, o rendimento ainda é 21,6% superior ao registrado na safra anterior.

As lavouras implantadas entre dezembro e janeiro foram beneficiadas pelas chuvas recentes, mas algumas regiões ainda apresentam sinais de déficit hídrico. “Observamos falhas na polinização em algumas áreas, causadas pelo estresse térmico e hídrico, o que pode impactar negativamente a produtividade”, destacou o relatório.

Nas regiões administrativas da Emater, os estágios das lavouras variam. Em Bagé, 70% da área foi colhida, enquanto 12% está em maturação, 9% em enchimento de grãos, 5% em floração e 4% ainda na fase vegetativa. A produtividade na região foi estimada em 5.233 kg/ha. Em Caxias do Sul, a colheita avançou conforme o esperado, com rendimento médio de 7.199 kg/ha.

Em Ijuí, a colheita atingiu 96%, e a produtividade foi considerada satisfatória, com estimativa de 8.683 kg/ha. Em Passo Fundo, 80% da área já foi colhida, e a produção média foi projetada em 8.779 kg/ha. Em Santa Rosa, a colheita chegou a 92%, com produtividade estimada em 7.231 kg/ha.

Por outro lado, regiões como Santa Maria e Soledade registraram perdas significativas. “Em São Vicente do Sul e Restinga Sêca, as perdas em relação às projeções iniciais chegam a 67,5% e 70%, respectivamente”, apontou o relatório. Já na região de Pelotas, a produtividade média foi estimada em 4.277 kg/ha.

Para a safra 2024/2025, a estimativa inicial de cultivo de milho era de 748.511 hectares, mas o número foi revisado para 696.587 hectares efetivamente plantados. Com isso, a produção do cereal deve alcançar 4,78 milhões de toneladas.