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Reforma Tributária impõe desafios para o agronegócio

“A transição, prevista para ocorrer até 2033, demanda um olhar atento"



“A transição, prevista para ocorrer até 2033, demanda um olhar atento" “A transição, prevista para ocorrer até 2033, demanda um olhar atento" - Foto: Divulgação

Com a aprovação da Reforma Tributária por meio da Emenda Constitucional 132/23 e da Lei Complementar 214/25, o setor agropecuário terá que se adaptar a um novo modelo fiscal. Representando cerca de 22% do PIB brasileiro, segundo o Cepea/Esalq-USP, o agronegócio enfrentará mudanças com a substituição de tributos pelo IBS e pela CBS, exigindo ajustes na gestão tributária.  

A transição, que ocorrerá até 2033, impõe a necessidade de planejamento para reduzir riscos financeiros e garantir conformidade com as novas regras. Um dos pontos de atenção é a continuidade de fundos estaduais, como Fundeinfra e Fethab, que podem impactar a competitividade ao aumentar custos. Para a coordenadora fiscal da Agrex do Brasil e Synagro, Kesia Oliveira, é fundamental que empresas avaliem esses efeitos em suas operações.  

“A transição, prevista para ocorrer até 2033, demanda um olhar atento das empresas para garantir o cumprimento das obrigações fiscais e mitigar impactos financeiros. “A manutenção desses fundos pode impactar diretamente a competitividade do setor, tornando essencial que produtores e empresas avaliem estrategicamente seus efeitos sobre os custos operacionais”, explica. 

Apesar dos desafios, a reforma também traz vantagens, como a simplificação do sistema e a manutenção da desoneração das exportações, fatores que podem fortalecer o agronegócio no mercado internacional. Com as primeiras mudanças previstas para 2025, a preparação antecipada, aliada a um planejamento estratégico sólido, será essencial para uma transição bem-sucedida.

“O sucesso dessa transformação dependerá do equilíbrio entre simplificação e manutenção de condições favoráveis ao setor. Estar bem informado e contar com o suporte adequado será essencial para enfrentar esse novo momento”, conclui a coordenadora fiscal. 

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