Mercado da soja registra queda em Chicago

As cotações da soja na Bolsa de Chicago apresentaram queda durante a segunda semana de julho, influenciadas pela expectativa do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), previsto para ser divulgado no dia 12 de julho.

De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o preço do bushel da oleaginosa atingiu US$ 11,41 no primeiro mês cotado, enquanto o contrato de novembro chegou a US$ 10,63/bushel, um valor que não era observado há muito tempo. Essa retração nas cotações também foi impulsionada pela melhoria das condições das lavouras nos Estados Unidos. No dia 7 de julho, 68% das plantações de soja estavam em condições de boas a excelentes, em comparação com 50% no mesmo período do ano anterior. Além disso, 34% das lavouras estavam em floração e 9% em formação de vagens.

Outro fator de pressão sobre os preços foi o elevado volume de estoque remanescente da safra anterior nas propriedades rurais dos EUA. Em junho, 48% da produção de soja ainda estava nas mãos dos produtores, a maior percentagem desde 2006 e significativamente acima da média de 10 anos, que é de 35%. Isso indica uma venda mais lenta da última safra, resultando em maiores estoques disponíveis.

No comércio exterior, as vendas estadunidenses de soja atingiram 228.400 toneladas na semana encerrada em 27 de junho, uma queda de 19% em relação à semana anterior e 32% menor do que a média das quatro semanas anteriores. No ano comercial atual, as vendas externas somam 44,8 milhões de toneladas, comparadas a mais de 52 milhões no mesmo período do ano anterior. Para o ano comercial vigente, os EUA projetam exportar um total de 46,3 milhões de toneladas, um volume significativamente inferior ao do ano passado.