Soja em Chicago fecha em baixa
O recuo nos preços da oleaginosa está ligado às boas condições climáticas
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou esta segunda-feira em queda, impactado por ajustes após duas sessões consecutivas de alta. O contrato de soja para janeiro, referência para a safra brasileira, recuou -0,51%, ou $ -5,00 cents/bushel, fechando a $ 969,50. Já o contrato para março caiu -0,38%, ou $ -3,75 cents/bushel, encerrando a $ 975,50. O farelo de soja para janeiro também sofreu retração de -1,70%, finalizando a $ 289,50/ton curta. Em contrapartida, o óleo de soja para o mesmo período subiu 1,90%, ou $ 0,75/libra-peso, atingindo $ 40,23.
O recuo nos preços da oleaginosa está ligado às boas condições climáticas para a safra na América Latina, especialmente no Brasil, que mantém um ritmo acelerado e aponta para uma colheita recorde. A valorização do dólar frente a outras moedas também prejudica a competitividade do grão norte-americano no mercado internacional. Apesar disso, os dados de exportação sustentam parte do mercado, com embarques semanais 3% maiores e um aumento anual expressivo de 56%.
No acumulado da safra, as vendas externas de soja dos Estados Unidos estão 21% acima do mesmo período do ano comercial anterior. Entretanto, os operadores permanecem cautelosos devido à força do dólar e às possíveis disputas comerciais, especialmente diante do cenário político norte-americano que pode alterar a dinâmica do comércio global de soja.
O cenário atual reforça a relevância do Brasil como player estratégico no mercado global, enquanto os EUA enfrentam desafios para manter a competitividade. O monitoramento dos fatores cambiais e climáticos será crucial para os próximos movimentos do mercado.