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Trigo: Recomendações e tendências para 2025

A TF Agroeconômica orienta produtores a venderem o trigo físico



Já entre os fatores de baixa, a TF Agroeconômica menciona a pressa dos exportadores russos Já entre os fatores de baixa, a TF Agroeconômica menciona a pressa dos exportadores russos - Foto: Divulgação

As recomendações de mercado da TF Agroeconômica para o trigo apontam que o comportamento do gráfico nas últimas semanas tem seguido um padrão de duas a três altas seguidas de baixas, com resistência forte a US$ 617,25 e suporte sólido a US$ 565 para dezembro. A tendência de alta no preço do trigo contrasta com a de baixa observada na soja. 

Segundo a TF Agroeconômica, as quedas nas cotações do trigo na CBOT estão sendo influenciadas pela pressa dos exportadores russos em liquidar estoques antes que a recomendação do Kremlin de um preço mínimo de exportação entre US$ 240 e US$ 250 entre em vigor. Diante desse cenário, a recomendação é colocar ordens de compra para os contratos de dezembro de 2024 ou março de 2025, visando possíveis valorizações futuras.

No mercado interno brasileiro, a quebra de volume e qualidade da safra, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, sugere que o país dependerá mais das importações de trigo e farinha. A TF Agroeconômica orienta produtores a venderem o trigo físico agora e utilizarem ordens de compra na CBOT para aproveitar as altas previstas no primeiro semestre de 2025. Além disso, os problemas climáticos na França, o atraso nas chuvas na Argentina e a menor expectativa de safra argentina, agora projetada em 17,5 milhões de toneladas, tendem a impulsionar os preços do trigo argentino a partir de fevereiro de 2025.

Entre os fatores de alta, destaca-se a previsão de Eduardo Vasquez de que o preço do trigo argentino possa subir entre US$ 2-3 por mês no próximo ano, o que impactaria diretamente o Brasil, que já adquiriu cerca de 700 mil toneladas. A necessidade de importar trigo de melhor qualidade devido à quebra das safras gaúcha e paranaense reforça a expectativa de que os preços no Brasil se alinhem à paridade de importação.

Já entre os fatores de baixa, a TF Agroeconômica menciona a pressa dos exportadores russos em despachar grãos antes que o preço mínimo imposto pelo Kremlin inviabilize exportações. Além disso, as condições climáticas desfavoráveis na Rússia e Ucrânia, com atrasos no plantio e possíveis déficits de umidade, são motivos de atenção.
 

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