Pinus: setor florestal gaúcho alerta para déficit de madeira
Cultura do pinus enfrenta queda no replantio no RS
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado nesta quinta-feira (29), a cultura do pinus é essencial para a cadeia produtiva florestal na região administrativa de Caxias do Sul, onde a área plantada é de aproximadamente 192 mil hectares. O pinus é fundamental para a produção de toras, chapas, móveis, pallets e materiais de construção. A demanda por essas toras e seus preços têm se mantido estáveis, impulsionados por exportações e pela chegada de novas empresas consumidoras na região.
Apesar do incentivo ao manejo adequado, como desrama e desbaste, muitos produtores ainda optam pelo corte raso. Há uma redução considerável no replantio das áreas manejadas, reflexo de restrições legislativas e do maior rendimento de outras culturas agrícolas. Além disso, a extração de resina enfrenta dificuldades devido à escassez de áreas adequadas e de equipes capacitadas. O setor florestal alerta para um possível déficit de madeira nos próximos anos e destaca a necessidade de programas de fomento florestal para garantir o manejo sustentável e a regularidade ambiental. A cultura do pinus na região apresenta boas condições fitossanitárias e encontra-se em diferentes fases de desenvolvimento,conforme os dados do informativo.
Segundo o informado pelo informativo da Emarter/RS, na região de Frederico Westphalen, a área plantada com pinus é de 1.427 hectares, com a madeira sendo amplamente utilizada por serrarias locais e fornecida para outras regiões, atendendo à demanda do setor de processamento de madeira.
Já na região de Santa Maria, são cultivados 9.400 hectares, concentrados principalmente em Cachoeira do Sul, São Francisco de Assis e São Vicente do Sul. No entanto, o mercado para o pinus é mais restrito, e a madeira é destinada principalmente à fabricação de tábuas, ripas, forros e móveis. O plantio em grande escala é raro, e a área plantada está em declínio devido à colheita sem reposição equivalente. A flexibilização das leis que regem a silvicultura pode estimular novos plantios, embora haja competição com culturas agrícolas, como a soja.