Trump 2 está começando: o que esperar?

Nesta segunda-feira (20), Donald Trump assume a presidência dos Estados Unidos, marcando o início de um novo ciclo político e econômico para o país. A análise é da Casa de Análises de Mercado Levante, que avalia os potenciais impactos das políticas do republicano, especialmente para o Brasil. A posse coincide com o feriado de Martin Luther King, suspendendo as atividades nos mercados americanos, mas mantendo as atenções voltadas para os desdobramentos das decisões iniciais do governo Trump.  

No início de seu primeiro mandato, em 2016, Trump implementou medidas que geraram grande impacto, como as Ordens Executivas que alteraram políticas econômicas e de imigração. Agora, a expectativa é similar. Durante a campanha, ele prometeu adotar 11 ações no curto prazo, com destaque para tarifas comerciais. Trump chegou a definir tarifas como “a palavra mais bonita do dicionário” e propôs impor taxas de até 60% sobre produtos chineses, 25% sobre itens do Canadá e México, e 10% para outros países, incluindo o Brasil.  

Os efeitos dessas medidas para o Brasil podem ser expressivos. Tarifas comerciais elevadas, somadas a políticas de restrição à imigração, podem pressionar a inflação e os juros nos Estados Unidos, valorizando o dólar frente ao real. O impacto direto seria um aumento dos custos de importação e, possivelmente, pressões inflacionárias também no Brasil, dificultando o cenário econômico.  

Apesar das declarações incisivas, a Casa Levante ressalta que discursos de campanha nem sempre se traduzem em ações governamentais. A economia americana, próspera graças à abertura comercial, poderia enfrentar desafios com mudanças abruptas. Assim, algumas medidas podem ser ajustadas ao longo do mandato, à medida que Trump busca equilibrar retórica e governabilidade.