Como anda o mercado de trigo?
No cenário futuro, o mercado de exportação se alinha às tendências globais
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul enfrenta desafios significativos, com a demanda ainda complicada. Os moinhos gaúchos estão bem posicionados em relação às suas compras, aguardando a chegada da nova safra para reavaliar suas estratégias de aquisição. Atualmente, os vendedores estão pedindo R$ 1.200,00 FOB para trigos com um potencial de hectolitros (PH) mínimo de 77 e qualidade panificável; no entanto, esses preços não estão sendo efetivamente alcançados no mercado, levando os moinhos a se absterem de indicar valores.
No cenário futuro, o mercado de exportação se alinha às tendências globais, que se tornaram mais tensas devido a riscos de conflitos e seca na Rússia. As cotações de preços em relação a diferentes origens refletem essa situação, com o trigo argentino e uruguaio sendo oferecido a preços mais competitivos em comparação ao trigo gaúcho. O CIF (custo, seguro e frete) para o trigo gaúcho está variando entre R$ 1.300 e R$ 1.380, dependendo da região de origem e de destino. Além disso, o aumento na colheita paranaense também pressiona os preços locais, com o trigo gaúcho sendo oferecido a R$ 1.150,00 mais ICMS e frete adicional de R$ 150 a R$ 180.
Em Santa Catarina, os moinhos do estado estão de olho na safra gaúcha enquanto aguardam o início da colheita catarinense. Os preços da saca de trigo "pedra" variam em diferentes localidades do estado, com destaque para valores que fecharam a semana em R$ 72,00 em Caçador e até R$ 76,48 em Campos Novos. No Paraná, o trigo paraguaio surge como uma alternativa mais barata, com transações frequentes sendo observadas, enquanto o mercado local continua a registrar preços pressionados pelos moinhos que buscam custos mais baixos.