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Aproveite as altas da soja 

No mercado brasileiro, por outro lado, as cotações seguem em queda



Entre os fatores de alta, destacam-se a seca nas regiões agrícolas da Argentina e do sul do Brasil Entre os fatores de alta, destacam-se a seca nas regiões agrícolas da Argentina e do sul do Brasil - Foto: Pixabay

Conforme análise da TF Agroeconômica, o último relatório do USDA apresentou uma redução de 2,35 milhões de toneladas (MT) na produção de soja dos EUA, impulsionando as cotações em Chicago. No entanto, enquanto o USDA manteve as projeções para o Brasil em 169 MT e para a Argentina em 52 MT, estimativas privadas brasileiras apontam para uma safra superior, em torno de 170 MT. Já na Argentina, a estiagem sugere uma produção reduzida para cerca de 48,5 MT. Esse cenário aponta para um déficit global de 4,85 MT, mesmo com ajustes positivos no Brasil, reforçando a tendência de alta nos preços internacionais.  

No mercado brasileiro, por outro lado, as cotações seguem em queda, refletindo a expectativa de ampla disponibilidade para consumo interno e exportação. Apesar da elevação prevista de B14 para B15 no biodiesel, o aumento significativo na safra nacional, projetada em até 172,4 MT, deve suprir essa demanda. Diante disso, a TF Agroeconômica recomenda aproveitar as altas internacionais para fixar ou vender a soja da safra 24/25. Quem não seguiu a recomendação anterior já acumula uma perda de R$ 4,84 por saca, com base na diferença da cotação Cepea entre sexta-feira passada e hoje.  

Entre os fatores de alta, destacam-se a seca nas regiões agrícolas da Argentina e do sul do Brasil, que já causou perdas no potencial produtivo. Além disso, a possível elevação do uso de soja-grão para biodiesel e as incertezas globais relacionadas à política econômica e comercial dos EUA, incluindo a influência de um dólar forte, devem sustentar o mercado.  

Por outro lado, fatores como a colheita robusta no Brasil e a maior disponibilidade para exportação e produção interna exercem pressão baixista sobre os preços locais. Com estoques finais projetados para o dobro do ano anterior, o mercado interno brasileiro pode apresentar desafios adicionais para os produtores. Assim, manter-se atento às cotações internacionais e ajustar estratégias de venda é essencial para maximizar os ganhos nesta safra.
 

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