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Prejuízo com as enchentes é bilionário

No primeiro semestre de 2024, o Brasil enfrentou diversos eventos climáticos


Eventos climáticos acontecem com bastante frequência Eventos climáticos acontecem com bastante frequência - Foto: USDA

No primeiro semestre de 2024, os desastres naturais globais causam perdas econômicas superiores a US$ 117 bilhões, abaixo da média do século XXI de US$ 137 bilhões e significativamente menor que os US$ 226 bilhões de 2023, segundo relatório da  Aon plc. No Brasil, as enchentes no Rio Grande do Sul, entre 28 de abril e 3 de maio, resultaram em perdas de aproximadamente US$ 2,45 bilhões, evidenciando a vulnerabilidade das infraestruturas locais e a necessidade de investimentos em proteção contra enchentes.

No primeiro semestre de 2024, a brecha de cobertura de seguros reduziu para 50%, aproximadamente US$ 59 bilhões, uma das mais baixas já registradas, devido aos altos pagamentos de seguros por tempestades severas. As perdas econômicas seguradas globalmente somaram pelo menos US$ 58 bilhões, acima da média do século XXI de US$ 39 bilhões, mas abaixo dos últimos três anos. O total de fatalidades por desastres naturais foi estimado em mais de 6.000, o menor desde 2020.

"É encorajador ver uma redução na lacuna de proteção global, no entanto, é crucial que a indústria de seguros continue seus esforços para aumentar os níveis de seguros nos mercados emergentes, fornecendo não apenas capital e capacidade, mas também dados e análises avançadas para qualificar e quantificar o risco e, em última instância, tomar melhores decisões”, afirma Isabel Blazquez Solano, CEO de Resseguros da Aon no Brasil.

No primeiro semestre de 2024, o Brasil enfrentou diversos eventos climáticos severos com impactos significativos. Entre 1º de janeiro e 30 de junho, uma seca afetou o país, resultando em perdas econômicas de US$ 465 milhões, sem registros de fatalidades. Entre 13 e 14 de janeiro, uma enchente causou 12 mortes e perdas de US$ 120 milhões. De 16 a 18 de janeiro, outra enchente teve um impacto econômico de US$ 30 milhões. 

Entre 3 e 21 de fevereiro, enchentes afetaram Brasil, Peru e Bolívia, causando perdas de US$ 190 milhões. Em 1º de março, uma enchente resultou em perdas de US$ 80 milhões no Brasil. Em 21 de março, uma tempestade convectiva severa causou perdas de US$ 20 milhões. Entre 22 e 26 de março, mais uma enchente provocou 27 fatalidades e perdas econômicas de US$ 140 milhões. O evento mais devastador ocorreu entre 28 de abril e 3 de maio, quando uma enchente resultou em 182 mortes e perdas econômicas de US$ 2,4 bilhões.
 

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