Preços da soja recuam em Chicago
Eleição de Trump e safra sul-americana impactam mercado de soja
As cotações da soja no mercado de Chicago registraram queda nesta semana, pressionadas por fatores globais de oferta e demanda, de acordo com dados referentes ao período entre 13/12/2024 e 19/12/2024 da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA). O bushel, no contrato de primeiro mês, chegou a ser cotado a US$ 9,51 no dia 18 de dezembro, recuperando-se levemente para US$ 9,63 no fechamento de quinta-feira (19). O valor representa uma queda em relação aos US$ 9,95 da semana anterior e uma diferença ainda maior comparada ao mesmo período de 2022, quando o bushel era negociado a US$ 13,27.
A principal razão para o recuo é a expectativa de uma safra recorde na América do Sul, que se soma a uma boa safra nos Estados Unidos e a uma demanda global mais contida. Particularmente, a China tem reduzido suas compras diante do avanço mais lento de sua economia. Após os altos preços observados durante a pandemia de Covid-19 e no início da guerra entre Rússia e Ucrânia, o mercado agora busca um ponto de equilíbrio mais próximo das médias históricas.
Segundo a CEEMA, outro fator que pesa sobre o cenário é a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Suas promessas de impor tarifas sobre importações de produtos chineses podem levar Pequim a repetir a postura de reduzir substancialmente as compras de soja americana, como aconteceu durante seu primeiro mandato.
Além disso, o esmagamento de soja em novembro foi de 5,26 milhões de toneladas, abaixo do registrado no mês anterior e das expectativas do mercado, ambas estimadas em 5,44 milhões de toneladas, aponta o levantamento do CEEMA, com base nos dados da Agência Nacional de Processadores de Oleaginosas dos EUA (NOPA).