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Mercado do trigo oscila com preços em Chicago

USDA aponta menor produção



Foto: Canva

As cotações do trigo negociado em Chicago apresentaram queda na última semana, com o bushel do cereal para o primeiro mês cotado encerrando a quinta-feira (12) em US$ 5,38, abaixo dos US$ 5,46 registrados sete dias antes. Segundo informações da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), os novos dados do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgados no dia 10, influenciaram o cenário.

Produção e estoques globais

O relatório apontou que a safra estadunidense de trigo para 2024/25 deve alcançar 53,6 milhões de toneladas, com estoques finais estimados em 21,6 milhões de toneladas, apresentando um leve recuo. Globalmente, a produção do cereal foi ajustada para baixo, atingindo 793 milhões de toneladas, quase dois milhões a menos do que a previsão anterior. Por outro lado, os estoques finais globais foram revisados para cima, totalizando 257,9 milhões de toneladas.

No mercado argentino, as estimativas indicam uma produção de 17,5 milhões de toneladas, com exportações previstas de 11,5 milhões. Os números são menores do que os projetados pelos analistas do país vizinho. Já no Brasil, a produção esperada é de 8,1 milhões de toneladas, com importações alcançando 6,2 milhões.

Impactos na Rússia

Um dos destaques do mercado é a situação alarmante das safras de inverno na Rússia. Segundo informações do governo russo, cerca de 37% das lavouras de inverno estão em condições ruins, o pior índice histórico já registrado, comparado a apenas 4% no ano anterior. Além disso, apenas 31% das lavouras foram classificadas como em boas condições, o menor percentual em 23 anos. A colheita já enfrenta dificuldades, e a área destinada ao trigo no país poderá ser reduzida novamente em 2025.

Perspectivas para o mercado

O preço médio do trigo ao produtor estadunidense para o novo ano comercial foi mantido em US$ 5,60/bushel, mas as incertezas no mercado global, como os impactos climáticos na Rússia e a produção mais restrita em importantes players, podem trazer volatilidade aos preços nos próximos meses.


 

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