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Fatores fundamentais não indicam alta da soja

Dentre os fatores de alta, a consultoria cita apenas a questão tributária do Brasil


Os fatores de baixa estão se sobrepondo Os fatores de baixa estão se sobrepondo - Foto: Expodireto Cotrijal

De acordo com a TF Agroeconômica, não existe nenhum fator fundamental que possa fazer o preço da soja subir a curto, médio ou longo prazos. “Com um lucro bem próximo de 25,45% você está esperando o quê para vender o que resta de soja na sua mão? Mesmo que o governo vença a queda de braço com todos os setores produtivos do país (pouco provável), a elevação dos preços seria de alguns tostões apenas”, comenta.

“E a intenção dos produtores brasileiros de elevar para 169 milhões de toneladas a produção de 24/25 é o principal fator de pressão sobre os preços atuais e futuros. Aliás, nossa recomendação é aproveitar qualquer alta atual para fixar já, na CBOT – não no físico! – os preços da próxima safra de soja, antes que caiam ainda mais. Os preços para maio de 2025 ainda estão a $ 1175, mas a previsão das principais consultorias internacionais sérias é de que o mercado pode cair para $ 1050. Então, venda o que tiver agora na mão e o que pensar em produzir para a próxima safra!”, completa.

Dentre os fatores de alta, a consultoria cita apenas a questão tributária do Brasil. “O mercado brasileiro do complexo de soja continua semi-paralisado diante da alteração do PIS/COFINS, que afeta diretamente os preços pagos aos produtores e causa prejuízos ao redor de R$ 6,3 bilhões ao setor, mas que pode ser revertida pelo congresso. O USDA disse que exportadores relataram venda de 104 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega no ano comercial 2023/24. Segundo analistas, a compra chinesa pode ter sido uma
reação à Medida Provisória 1.227/2024”, indica.

Já para a baixa, destacam-se o fortalecimento do dólar ante o real, que tende a estimular as exportações brasileiras, as condições favoráveis no Meio-Oeste dos EUA, o avanço da colheita na Argentina e a menor importação da China. “A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse na quinta que os trabalhos alcançaram 92,2% da área apta, avanço de 6,2 pontos porcentuais na semana. O rendimento médio nacional está em 3.030 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 50,5 milhões de toneladas”, informa.

“A China importou 10,22 milhões de toneladas de soja em maio de 2024, alta de 19,3% em relação ao mês anterior, mas 15% abaixo do volume de maio de 2023 (12,02 milhões de t), de acordo com dados preliminares publicados hoje pela Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês). Em termos de valores, as importações de soja totalizaram US$ 4,987 bilhões no mês”, conclui.
 

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