Crescimento do etanol de milho e impacto nos DDGs
Atualmente, o Brasil conta com 21 usinas dedicadas ao etanol de milho
De acordo com o ItaúBBA, a produção de etanol de milho no Brasil deverá alcançar 7,8 bilhões de litros na safra 2024/25, representando um crescimento de 25% em relação ao ano anterior. Este aumento significativo está ligado ao crescente uso do milho na produção de etanol, que deve consumir cerca de 17,3 milhões de toneladas do grão, equivalente a 21% do consumo doméstico de milho. Em paralelo, a produção de DDGs (Distillers Dried Grains) deve atingir 5,2 milhões de toneladas em 2024, com o Brasil prevendo exportar 14% desse volume, ou 0,74 milhões de toneladas.
Atualmente, o Brasil conta com 21 usinas dedicadas ao etanol de milho, sendo 11 localizadas no Mato Grosso, 6 em Goiás, 2 no Mato Grosso do Sul, 1 no Paraná e 1 em São Paulo. A produção de etanol de milho é predominante no Centro-Oeste, mas novos projetos estão se expandindo para a região Norte-Nordeste (NNE) do país.
Entre essas usinas, 11 são exclusivamente voltadas para o milho, enquanto as demais são usinas flex, que produzem etanol tanto de cana-de-açúcar quanto de milho. As usinas flex podem operar de duas maneiras: algumas alternam entre cana e milho conforme a safra, enquanto outras utilizam cana apenas como fonte de biomassa para gerar vapor, permitindo uma operação mais contínua.
A análise do ItaúBBA aponta que, apesar do expressivo crescimento no setor de etanol de milho, o sucesso contínuo do mercado de DDGs (Distillers Dried Grains) no Brasil está intrinsecamente ligado à manutenção de preços competitivos para o consumidor interno. Com o aumento significativo na produção e no consumo de etanol de milho, a oferta de DDGs deve crescer proporcionalmente. No entanto, para garantir a expansão sustentável deste mercado e aproveitar plenamente as oportunidades internas, é essencial que os preços dos DDGs permaneçam atrativos.