Segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe), a colheita do feijão-carioca na região dos Campos Gerais do Paraná, que inclui cidades como Castro e Ponta Grossa, já foi praticamente concluída. Esse encerramento tende a reduzir o impacto desse produto no mercado, alterando as fontes de abastecimento.
Por outro lado, o setor enfrenta preocupações. Empacotadores destacam o aumento do uso de câmaras frias para armazenamento e a entrada de novos produtores no mercado, o que gera insegurança sobre uma possível liberação repentina de grandes estoques. Esse cenário tem levado compradores a adotar uma postura cautelosa, com compras pontuais para evitar surpresas que impactem os preços.
“Um ponto de preocupação entre os empacotadores é o aumento no uso de câmaras frias e o fato de novos produtores, que nunca haviam plantado Feijão antes, estarem entrando na atividade. Isso gera insegurança, levando os compradores a adotar uma postura cautelosa, preferindo compras pontuais e imediatas. Há o receio de que, de uma hora para outra, o feijão represado nos armazéns seja liberado em grande volume, afetando os preços”, comenta.
Além disso, declarações recentes de um ministro sobre possíveis quedas nos preços de alimentos desconsideram que muitos valores já atingiram seu limite de redução. A manutenção desses preços pode desestimular o plantio na próxima safra, comprometendo a oferta futura e gerando alta nos preços nos próximos ciclos.
“Por isso, é fundamental reforçar nossas abordagens. Somente assim será possível criar um caminho mais seguro e sustentável para o mercado de Feijão, enfrentando os desafios imediatos sem perder de vista o desenvolvimento de um cenário favorável no futuro”, conclui.