CI

Falta de chuvas compromete plantio de soja

Plantio esteja próximo da conclusão



Foto: USDA

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na última quinta-feira (16), o plantio de soja na região da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul está praticamente paralisado há cerca de duas semanas, devido à falta de chuvas. Embora o plantio esteja próximo da conclusão, os produtores enfrentam um risco crescente de atraso na semeadura, especialmente nas áreas sem irrigação, o que pode comprometer o potencial produtivo da soja safrinha.

A falta de umidade afetou especialmente as lavouras pós-milho e também as plantadas no final de dezembro, que estão com o estande comprometido, necessitando de replante. Em Quaraí, as lavouras apresentam sintomas de murcha, especialmente nas áreas mais recentes, com sistema radicular ainda pouco desenvolvido. As perdas na região são estimadas em 10%.

Em Maçambará, 70% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, com perdas estimadas em 5%, que podem aumentar devido à falta de chuvas, que já duram 50 dias em algumas localidades.

A situação é semelhante em São Gabriel, onde há 136 mil hectares plantados. A condição das lavouras é variável, com áreas em bom desenvolvimento e outras que apresentam falhas de germinação devido à falta de umidade e altas temperaturas.

Na Campanha Gaúcha, os produtores aguardam chuvas para concluir o plantio e realizar o replante em algumas áreas com estande reduzido. Em Hulha Negra, alguns produtores optaram por plantar em solo seco, acreditando nas previsões de chuvas a partir de 16 de janeiro.

Em Dom Pedrito, de 160 mil hectares, 97% já foram plantados, e 20% das lavouras estão em fase de floração. Contudo, a falta de chuvas desde o início de dezembro tem restringido os manejos, limitados a aplicações de herbicidas.

Em Bagé e municípios próximos, houve o ataque de lagarta-rosca, que reduziu o estande das plantas. A pulverização de inseticidas tem sido a principal medida de controle, especialmente durante a noite, quando a praga permanece no solo.

No entanto, em Caxias do Sul, o clima favorável tem promovido o bom crescimento das plantas, sem registros de doenças e com pragas controladas. Já em Erechim, cerca de 30% das áreas estão em fase de formação de vagens, com problemas de germinação em algumas lavouras, que exigiram replantio.

Em Erval Grande, Itatiba do Sul, Floriano Peixoto e Entre Rios do Sul, a escassez de chuvas resultou em sintomas de estiagem nas lavouras, com redução nas expectativas de produtividade. Cerca de 10 mil hectares deverão ser plantados na safrinha pós-milho.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.