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Boi gordo inicia ano com preços firmes

No entanto, fevereiro começou com um novo recuo no spread



No entanto, fevereiro começou com um novo recuo no spread No entanto, fevereiro começou com um novo recuo no spread - Foto: Alexandre Teixeira

O mercado do boi gordo iniciou 2025 com preços firmes, sem grandes quedas nas carcaças no atacado e mantendo bons spreads da indústria no mercado interno, conforme análise do Itaú BBA. Além disso, as exportações registraram volumes expressivos, com preços de embarque em alta. Em janeiro, o indicador Cepea para o boi gordo teve valorização de 1,4% em relação a dezembro de 2024, refletindo uma oferta controlada de gado terminado e condições favoráveis das pastagens, que permitiram aos produtores espaçarem as entregas. No setor de carne, a carcaça casada apresentou recuo de 1,1%, reduzindo o spread da indústria de 11% para 8,4%, ainda assim um dos melhores níveis para o período nos últimos anos.  

No entanto, fevereiro começou com um novo recuo no spread, já que os preços do boi se estabilizaram no fim de janeiro, enquanto a carne apresentou maior enfraquecimento. As exportações de carne bovina in natura totalizaram 180,5 mil toneladas no primeiro mês do ano, uma queda de 0,6% em relação a janeiro de 2024 e de 10,9% sobre dezembro. Entretanto, o preço médio dos embarques subiu 1,7% frente ao mês anterior, o que moderou a alta do custo do boi gordo em dólares (2,5%). Assim, o spread cedeu 1 ponto percentual, para 8%, ligeiramente abaixo da média histórica de 10%.  

No segmento de reposição, o preço do bezerro no Mato Grosso do Sul, medido pelo Cepea, desvalorizou 6,1% em janeiro. Contudo, a partir da segunda quinzena do mês, a tendência de queda foi interrompida. Apesar disso, a relação de troca entre boi gordo em São Paulo e bezerro no MS melhorou para a recria e engorda. O ágio do bezerro sobre o boi gordo caiu de 24% em dezembro de 2024 para 15% em janeiro de 2025, tornando a reposição mais favorável aos pecuaristas.

“Nos próximos meses pode haver uma elevação da oferta para abate um pouco acima do normal de fêmeas não emprenhadas, em função da longa seca do ano passado, que deve ter interferido negativamente nas taxas de prenhez. Por outro lado, isto seria, mais adiante, ainda mais altista para o bezerro, com menos nascimentos previstos para 2026. Para os recriadores, vale reforçar a atenção com as oportunidades de realizarem uma boa reposição, após esta recente acomodação da cria”, comenta.
 

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