Semeadura do feijão se aproxima do fim no Rio Grande do Sul
Clima ajuda avanço do feijão no estado
A semeadura do feijão 1ª safra avançou de forma significativa no Rio Grande do Sul. As condições climáticas têm sido favoráveis ao crescimento das lavouras, com umidade adequada do solo e elevados índices de radiação solar, o que tem garantido o bom desenvolvimento vegetativo de 97% das plantações. Apenas 3% das áreas já entraram na fase de florescimento, conforme o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (10) pela Emater/RS.
Segundo o informativo, durante o período, os produtores têm realizado manejos específicos, como adubação nitrogenada em cobertura, controle de plantas daninhas e aplicação de fungicidas, de acordo com o estágio das lavouras. A projeção da Emater/RS-Ascar para a safra 2024/2025 prevê o cultivo de 28.896 hectares de feijão no Estado, com uma produtividade estimada em 1.702 kg/ha.
Na região de Ijuí, a semeadura da primeira safra de feijão está próxima de ser concluída, com 92% da área prevista já plantada. O aumento da participação de produtores de médio porte elevou a expectativa de área cultivada na região, que agora é de 937 hectares. No entanto, houve um aumento nos relatos de ataque da praga vaquinha-do-feijoeiro (Diabrotica speciosa), exigindo o uso de inseticidas para controle.
Em Pelotas, a semeadura atingiu 4% do total projetado, com os primeiros plantios iniciados em São Lourenço do Sul. Já em Santa Maria, 10% das lavouras entraram na fase de floração, enquanto o restante permanece em desenvolvimento vegetativo. Na região de Soledade, a semeadura está quase finalizada, alcançando 85% da área prevista. As lavouras cultivadas em altitudes mais baixas, especialmente por agricultores familiares, já começaram a florescer.
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Os produtores de feijão nas regiões de baixas altitudes têm mantido atenção redobrada quanto ao controle fitossanitário, especialmente no monitoramento da antracnose (Colletotrichum lindemuthianum), uma vez que as condições de temperaturas amenas e alta umidade favorecem a propagação da doença.
O preço do feijão no Rio Grande do Sul apresentou uma queda de 1,17% em relação à semana anterior, de acordo com o levantamento de preços da Emater/RS-Ascar. O valor da saca de 60 quilos caiu de R$ 320,00 para R$ 316,25.
Mesmo com a retração nos preços, a expectativa de produção e o avanço do plantio nas regiões em que as condições climáticas têm sido favoráveis indicam um bom cenário para a cultura do feijão no Estado.