Confira como está o milho nos estados
O Mato Grosso do Sul também apresenta um cenário travado

De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de milho no Rio Grande do Sul enfrenta dificuldades devido à falta de oferta e à escassez de opções de fornecimento. Pequenos compradores, especialmente indústrias que precisam garantir produto para os meses de maio e junho, têm se visto obrigados a aceitar os preços cada vez mais elevados, que já estão próximos aos valores praticados no mercado de exportação.
Estima-se que mais de 80% da safra de milho de verão de 2025 já tenha sido negociada no estado, o que coloca os compradores em uma posição fragilizada, dependendo das condições impostas pelos vendedores. As negociações seguem lentas, com os compradores tentando ajustar os preços internos para se alinhar às exportações, enquanto os vendedores resistem a reduções. Para entregas entre abril e maio, os preços variam de R$ 74,00 a R$ 77,50 por saca, dependendo da região.
Além disso, em Mato Grosso do Sul, o mercado também apresenta um cenário travado, com variações regionais nos preços do milho. Nas principais cidades do estado, os preços giram em torno de R$ 74,00 a saca, mas os valores do milho da segunda safra são mais elevados, com preços chegando até R$ 125,00. O mercado de exportação, nos portos de Paranaguá e Santos, mantém preços firmes em torno de R$ 138,00 por saca, o que tem influenciado o mercado interno. A área plantada com milho na segunda safra no estado deve alcançar 2,1 milhões de hectares, com estimativa de aumento de 20,6% na produção.
Em Santa Catarina, o mercado de milho segue lento, com os produtores ainda priorizando a colheita da soja. A diferença entre os preços pedidos e ofertados tem dificultado o fechamento de negócios, com preços variando entre R$ 79,00 e R$ 85,00 por saca, dependendo da região. A expectativa é que o mercado ganhe tração nos próximos dias, com a entrada do milho da segunda safra. Já no Paraná, a colheita de milho está praticamente concluída, com 90% da área já colhida. Apesar das altas temperaturas e da estiagem em março, a safra deve ser uma das melhores dos últimos três anos, com estimativas de produção de 10,9 milhões de toneladas.