Oferta restrita mantém milho firme no RS
No Paraná, a soja ainda é prioridade

Segundo informações da TF Agroeconômica, a escassez de milho e a limitação nas opções de oferta têm sustentado os preços no Rio Grande do Sul, onde compradores, especialmente indústrias, se veem obrigados a aceitar os valores impostos pelos vendedores para garantir o abastecimento nos meses de maio e junho. Com cerca de 80% da safra de verão de 2025 já comercializada, os preços se mantêm próximos aos patamares de exportação, variando entre R$ 75,00 e R$ 80,00 por saca. Nas cidades de Santa Rosa, Ijuí e Seberi, a média está em R$ 75,00; em Não-Me-Toque, R$ 76,00; em Marau, Gaurama e Montenegro, R$ 77,00; e entre R$ 78,00 e R$ 78,50 em Arroio do Meio e Lajeado. Na pedra de Panambi, o preço segue em R$ 67,00.
Em Santa Catarina, o mercado continua lento, influenciado pela colheita da soja, que ainda concentra os esforços dos produtores. No Planalto Norte, vendedores pedem R$ 82,00 por saca, enquanto compradores não ultrapassam os R$ 79,00. Em Campos Novos, o impasse é maior, com pedidas entre R$ 83,00 e R$ 85,00 frente a ofertas de R$ 79,00 a R$ 80,00. A colheita avança com produtividade acima do esperado, especialmente no Meio-Oeste, onde mais de 79% da área já foi colhida. No porto, os preços permanecem estáveis: R$ 72,00 para entrega em agosto e R$ 73,00 para outubro. Nas cooperativas, os valores da pedra variam de R$ 69,00 a R$ 71,00.
No Paraná, a soja ainda é prioridade, mas o milho apresenta uma das melhores safras dos últimos anos. Os preços no mercado interno caíram levemente, com referência de R$ 76,00 por saca para retirada imediata e pagamento em março. Alguns vendedores pedem R$ 80,00 por saca. Para junho, as cotações giram em torno de R$ 73,00 CIF. Mais de 90% das áreas já foram colhidas, e a expectativa é de aumento na liquidez após o fim da colheita da soja.
Já no Mato Grosso do Sul, o mercado spot mostra preços variando entre R$ 69,00 e R$ 74,00 nas principais regiões, refletindo a irregularidade da oferta. Para a segunda safra, os preços sobem: em Dourados e Campo Grande, chegam a R$ 124,00 e R$ 125,00 por saca, respectivamente. Nos portos de Paranaguá e Santos, os valores estão firmes, com cotação em torno de R$ 138,00 por saca, servindo de referência para os negócios futuros.