Crédito rural sofre com aumento da Selic
Informação é fundamental para garantir o crédito em condições adequadas
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, atingindo 11,25%. Este é o segundo aumento no ano, após o ajuste de 0,25% em setembro, que havia registrado 10,75%. Esse novo patamar da taxa de juros representa um desafio adicional para o produtor rural, que necessita de crédito para financiar a próxima safra. Com o crédito mais caro, especialmente para quem não consegue acesso pelo Plano Safra, o custo dos financiamentos aumenta, pressionando o setor.
Thays Moura, fundadora da Agree destaca que, além da decepção com a falta de redução nas taxas do Plano Safra 24/25, a falta de conhecimento sobre as linhas de crédito disponíveis em diversos bancos limita o acesso ao financiamento. “Havia expectativa de uma queda, mas o plano agrícola veio praticamente igual, com taxas de até 12%. Isso implica que agricultores fora do Plano Safra terão que lidar com a Selic mais alta, enfrentando custos maiores nos financiamentos convencionais”, comenta Thays.
Nesse cenário, a informação é fundamental para garantir o crédito em condições adequadas. Thays explica que, para facilitar o acesso, é essencial que os bancos disponham de dados completos sobre a realidade das propriedades, e que os produtores conheçam as opções de crédito personalizado, compreendendo o cenário de juros altos para tomar decisões informadas.
Monitorar indicadores financeiros como liquidez, margem de lucro e custo de produção é crucial para a saúde do negócio. A Agree desenvolveu uma plataforma que analisa esses dados e agiliza a concessão de crédito. Outras ferramentas de gestão financeira ajudam no planejamento de longo prazo, permitindo enfrentar adversidades e aproveitar oportunidades de crescimento.