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Sucessão familiar precisa de planejamento

A gestão de conflitos é um dos maiores desafios na sucessão familiar



A gestão de conflitos é um dos maiores desafios na sucessão familiar A gestão de conflitos é um dos maiores desafios na sucessão familiar - Foto: Divulgação

A sucessão é fundamental para a continuidade das empresas familiares, inclusive no meio rural. No entanto, sem planejamento, a longevidade é comprometida, com menos de 30% das empresas chegando à segunda geração e apenas 5% à terceira, segundo o Sebrae. O processo envolve preparar herdeiros e implementar uma governança estruturada e estratégias de inovação, sendo essencial planejar com antecedência. 

Exemplos como o Grupo J2M mostram que um bom planejamento pode garantir uma transição eficiente e de longo prazo.“Aqui, tudo começou com o desejo de crescimento contínuo e perpetuidade. O sucessor precisa estar preparado para assumir as responsabilidades e conhecer profundamente o negócio. Porém, isso leva tempo e requer uma dedicação constante”, explica Mariana Grando, engenheira agrônoma e atual diretora de negócios na FertiSystem.

Paralelamente a isso, além de dedicação, a preparação de quem vai assumir os negócios, envolve o conhecimento técnico da empresa, do mercado e dos produtos, e ainda o desenvolvimento de habilidades emocionais e de liderança. “Uma sucessão bem-sucedida está diretamente relacionada à capacidade do sucessor de entender a essência do negócio e ser capaz de liderar a empresa com visão estratégica”, completa a diretora.

A gestão de conflitos é um dos maiores desafios na sucessão familiar, com divergências sobre o futuro do negócio agravando tensões. A governança familiar é essencial, com regras claras para papéis e responsabilidades, ajudando a evitar conflitos. Mariana destaca a importância de uma governança estruturada para gerir a entrada e saída de familiares. Quando bem planejada, a sucessão pode impulsionar a inovação, especialmente no setor agrícola. A nova geração deve se adaptar ao mercado e incorporar práticas sustentáveis e tecnologias. O agronegócio, que representa 26% do PIB do Brasil, depende dessas inovações para crescer, segundo o IBGE.

“Essa transição é um processo que deve ser cuidadosamente planejado para garantir a continuidade dos negócios e a adaptação às demandas do setor”, frisa a diretora.  “Sucessão familiar não é só sobre herança, é sobre o legado e a perpetuação de valores, inovação e sustentabilidade”, conclui.
 

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