Trigo segue sendo negociado lentamente
Trigo está em segundo plano no Paraná
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A TF Agroeconômica informou que o mercado do trigo segue com negociações lentas no Sul do Brasil, com preços variando conforme a demanda e a disponibilidade regional. No Rio Grande do Sul, o preço da próxima safra é considerado positivo pelos vendedores, com uma trading oferecendo R$ 79,18 por saca para entrega entre novembro e dezembro. No mercado interno, os compradores elevaram as indicações para R$ 1.350,00 por tonelada, chegando a R$ 1.400,00 para trigos mais fortes. O preço da pedra subiu para R$ 68,00/saca em Panambi, enquanto a exportação segue limitada à necessidade de fechamento de posições.
Em Santa Catarina, os moinhos estão tentando vender mais farinha para aumentar a moagem, mas a demanda segue fraca. Os preços FOB oferecidos estão em R$ 1.400,00/t, enquanto o trigo do Rio Grande do Sul chega ao estado a cerca de R$ 1.600,00/t com frete e ICMS. O farelo de trigo registrou queda de preços, atingindo R$ 1.100/t ensacado. Algumas cooperativas optaram por segurar o trigo na expectativa de valorização. Os preços pagos aos triticultores permaneceram estáveis na maioria das regiões, exceto em Rio do Sul, onde subiram para R$ 77,00/saca.
No Paraná, os vendedores estão focados na colheita de milho e soja, deixando o trigo em segundo plano. A disponibilidade total do estado não deve ultrapassar 200 mil toneladas, o que tem levado os vendedores a pedirem entre R$ 1.450 e R$ 1.550/t FOB. O trigo importado da Argentina chega ao Oeste do estado por R$ 1.590/t. A média do preço da pedra no estado avançou 0,02%, chegando a R$ 72,87/saca, com lucro médio para os produtores subindo levemente para 6,10%, devido à pequena redução no custo de produção.