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Milho mantém preços elevados no Brasil

Menor colheita e aumento nos custos elevam preços no mercado brasileiro



Foto: Canva

Segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços do milho seguem em alta no mercado brasileiro, reflexo de uma menor colheita da safrinha e de dificuldades climáticas que têm afetado o plantio e o desenvolvimento da nova safra de verão. O plantio de verão atingiu 48% da área prevista no Centro-Sul, um leve avanço em relação aos 46% registrados no mesmo período do ano passado.

A média de preços no Rio Grande do Sul fechou a semana em R$ 63,72 por saca, enquanto as principais praças negociaram o milho por R$ 63,00. Nas demais regiões do Brasil, os preços variaram entre R$ 50,00 e R$ 70,00 por saca, refletindo as diferenças regionais de oferta e demanda.

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No campo das exportações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume exportado de milho foi de 3,9 milhões de toneladas nos primeiros 14 dias de outubro. Essa média diária representa uma queda de 30,5% em relação ao mesmo período de outubro de 2023. No acumulado do ano, as vendas externas somam 24,5 milhões de toneladas, bem abaixo das 34,5 milhões do mesmo período do ano anterior, indicando um ritmo de exportação insuficiente para acompanhar o mercado internacional, conforme informou a Ceema.

De acordo com a análise semanal, com o milho brasileiro mais caro e menos disponível, os Estados Unidos dominam o cenário de exportação global neste momento. Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou que apenas 32,3% da área esperada para o milho de verão foi semeada, uma pequena redução em relação aos 33% do ano anterior até o dia 20 de outubro. Deste total, 14,3% das lavouras estavam na fase de germinação, enquanto 85,7% se encontravam em desenvolvimento vegetativo.

Outro fator relevante é o aumento do custo dos fertilizantes. Segundo o Ceema com base nos dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo desses insumos no Mato Grosso subiu 1,65% entre agosto e setembro, representando agora 35,8% do custeio total da cultura de milho na safra 2024/25 no Estado. Ao mesmo tempo, o preço médio do milho em Mato Grosso subiu 2,03% em setembro em relação a agosto.

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Essa situação afetou a relação de troca entre milho e ureia, que em setembro ficou em 67,5 sacas por tonelada, o que significa um recuo de 14,2 sacas por tonelada em comparação com o mesmo mês de 2023 e de 4 sacas por tonelada em relação à média histórica. A projeção para 2024/25 é de uma melhora na rentabilidade final do milho safrinha em Mato Grosso, perspectiva que pode se estender para outras regiões produtoras do país.

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