Mercado global instável leva óleos vegetais em direções opostas
Os agentes do mercado seguem atentos aos desdobramentos das políticas comerciais

Segundo a consultoria StoneX, em meio à continuidade da instabilidade nos mercados globais, os óleos vegetais encerraram a última semana com desempenhos divergentes. O óleo de soja registrou valorização, influenciado pelas tensões comerciais envolvendo tarifas de importação nos Estados Unidos, além das negociações sobre os Volumes Obrigatórios de Mistura (RVOs) e atualizações das estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). A alta das cotações da soja em grão também contribuiu para o movimento positivo, resultando em um ganho semanal de 3,3%. Com isso, o contrato de maio de 2025 encerrou cotado a US¢ 47,4 por libra-peso.
Em sentido contrário, o óleo de palma encerrou a semana passada com queda de 2,4% na Bolsa de Derivativos da Malásia, atingindo o patamar de USD 952,9 por tonelada. A retração refletiu, além das preocupações com a intensificação do conflito tarifário e seus impactos nas exportações para o mercado norte-americano, a divulgação de dados da indústria local, as estimativas atualizadas do USDA e as informações sobre importações e estoques na Índia.
Os agentes do mercado seguem atentos aos desdobramentos das políticas comerciais e aos fundamentos de oferta e demanda, que têm provocado elevada volatilidade nas cotações. A perspectiva de novas medidas protecionistas e a indefinição sobre o direcionamento do mandato de biocombustíveis nos EUA seguem no radar dos investidores e analistas. Nesse contexto, a tendência é de manutenção da instabilidade no curto prazo, com os preços oscilando conforme o desenrolar dos fatores geopolíticos e das atualizações nos principais relatórios globais de oferta e demanda.