Seca reduz produção de citros em até 30%
Falta de chuvas compromete safra de citros no RS
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Segundo o boletim conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado nesta quinta-feira (13), a produção de citros no Rio Grande do Sul enfrenta desafios devido à seca. O déficit hídrico tem provocado queda na produtividade e prejudicado o desenvolvimento dos frutos em diversas regiões do estado.
Na região administrativa de Frederico Westphalen, a produção de laranja e bergamota sofreu redução de aproximadamente 30%, resultado da falta de chuvas. Além disso, os citricultores relataram aumento na queda prematura dos frutos, o que agrava ainda mais as perdas.
Já na região de Lajeado, no município de São José do Sul, produtores realizam o raleio da variedade Caí, abrangendo cerca de 30% das áreas cultivadas. O preço da caixa de 25 kg está em R$ 20,00. Algumas plantas já demonstram sinais de estresse hídrico, como folhas ressecadas e crescimento lento dos frutos, mas ainda não há estimativa de perdas na produção.
Na região de Santa Rosa, os pomares estão em fase de frutificação. Apesar da intensa floração, a carga de frutos das bergamoteiras está abaixo do esperado. Além disso, queimaduras nas folhas e nos frutos, causadas pela forte exposição ao sol, foram observadas.
Por sua vez, na região de Soledade, os citros seguem em fase de formação dos frutos. Embora a seca tenha desacelerado o crescimento, a produção não sofreu impactos significativos até o momento. Além disso, a pressão de pragas e doenças permanece baixa. A variedade Bergamota Okitsu deve atingir a maturação no início de março.
A Emater/RS-Ascar segue monitorando as condições climáticas e seus impactos na fruticultura gaúcha. Produtorels estão atentos às mudanças no clima e possíveis novas perdas decorrentes da estiagem prolongada.