Soja fecha em baixa em Chicago após ajustes
O recuo nos preços foi atribuído a ajustes técnicos
A principal notícia do dia, contudo, foi a suspensão pela Alfândega da China dos embarques de soja de cinco exportadoras brasileiras - Foto: Emerson Peres
De acordo com a TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a quarta-feira com baixas significativas, refletindo ajustes após duas sessões consecutivas de alta. O contrato de março, principal referência para a safra brasileira, caiu 1,05%, ou 11,25 cents/bushel, fechando em $ 1056,00. Já o contrato de maio recuou 0,88%, ou 9,50 cents/bushel, para $ 1068,25. O farelo de soja para março teve alta de 1,54%, alcançando $ 315,8/ton curta, enquanto o óleo de soja registrou queda de 2,95%, cotado a $ 44,42/libra-peso.
O recuo nos preços foi atribuído a ajustes técnicos após os ganhos recentes e à percepção de que a guerra tarifária mencionada por Donald Trump poderá ser mais branda do que o inicialmente especulado. Outro fator que influenciou o mercado foi a valorização do real, que se destacou como a moeda que mais ganhou força frente ao dólar no dia. Além disso, o complexo de grãos apresentou grande volatilidade, refletindo incertezas no cenário global.
A principal notícia do dia, contudo, foi a suspensão pela Alfândega da China dos embarques de soja de cinco exportadoras brasileiras, citando problemas fitossanitários como contaminação química, pragas e insetos. A suspensão impede o desembaraço aduaneiro para as empresas afetadas, e a duração do bloqueio permanece indefinida. Fontes indicam que o tempo de retomada dependerá da rapidez com que as empresas brasileiras identificarão as causas e apresentarão planos corretivos. Essa situação é vista como baixista para o Brasil, uma vez que pode beneficiar concorrentes como os Estados Unidos e a Argentina, que têm condições de suprir a demanda chinesa.
