Colheita de mandioca se aproxima do fim no Rio Grande do Sul
As raízes apresentam tamanhos variando de pequeno a médio em Bagé
Foto: Canva
De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (25/07) pela Emater/RS-Ascar, a colheita da mandioca na região administrativa de Bagé está se aproximando do final. As raízes apresentam tamanhos variando de pequeno a médio, com boa capacidade de cocção, embora haja dificuldades para descascar.
Na região de Lajeado, em Cruzeiro do Sul, estima-se que 70% da área destinada à mandioca já foi colhida. A comercialização foi interrompida em maio e junho devido à mudança de local da Ceasa durante as enchentes. O excesso de chuva e umidade causou perdas significativas por podridão das raízes, uma vez que o solo argiloso dificulta a drenagem. A produtividade esperada de 12 mil kg/ha foi reduzida para uma média de 7.500 kg/ha devido à bacteriose Xanthomonas, que afetou a cultura em janeiro. Há preocupação quanto à disponibilidade de manivas sadias para o próximo cultivo, previsto para começar em agosto. A caixa de 20 quilos de mandioca está sendo comercializada a R$ 20,00.
Na região de Santa Rosa, os efeitos das geadas da semana anterior se intensificaram, causando senescência e queda de folhas, que estão sendo monitoradas. Grande parte do material propagativo já está armazenado, e a colheita das raízes continua para consumo familiar e comercialização. As raízes colhidas estão em boas condições sanitárias devido ao tempo seco, que impede a ocorrência de bacterioses. O preço pago aos produtores pela caixa de 25 quilos é de R$ 110,00, enquanto a mandioca lavada não descascada é vendida a R$ 5,00/kg. Nos mercados varejistas, a mandioca descascada é comercializada entre R$ 6,00 e R$ 8,00/kg, e na feira ou venda direta ao consumidor, os preços variam entre R$ 7,00 e R$ 9,00/kg.
Na região de Soledade, a colheita está em pleno andamento, com alguns danos à qualidade das raízes causados pelas geadas. Os produtores estão preparando o solo para o plantio em agosto, em Mato Leitão e Venâncio Aires. Em Mato Leitão, um produtor está testando o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH) com bons resultados. O preço na Ceasa é de R$ 25,00 por caixa de 22 kg.
