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Mercados agrícolas abrem sob forte volatilidade

Já o trigo tem uma movimentação mista



No mercado de milho, o contrato de maio subia 0,25 pontos, sendo negociado a US$ 469,25/bushel No mercado de milho, o contrato de maio subia 0,25 pontos, sendo negociado a US$ 469,25/bushel - Foto: USDA

Segundo a TF Agroeconômica, os mercados agrícolas internacionais iniciaram esta terça-feira (09/04) com alta volatilidade, em meio à intensificação das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A soja em Chicago registrava alta de 2,75 pontos no contrato de maio, cotada a US$ 995,50 por bushel, com máximas de US$ 1.000,50 e mínimas de US$ 987,50. A expectativa era de um dia moderadamente otimista até o anúncio da Comissão de Tarifas Aduaneiras da China, que impôs tarifas de 84% sobre produtos importados dos EUA — resposta às tarifas acumuladas de 104% que passaram a valer hoje por determinação da Casa Branca.

No mercado de milho, o contrato de maio subia 0,25 pontos, sendo negociado a US$ 469,25/bushel, com variações entre US$ 465,75 e US$ 471,50. Apesar da leve alta, o ambiente é de cautela, com investidores avaliando o impacto das tarifas chinesas e novas restrições a empresas americanas atuando na China. A valorização do petróleo WTI, que superou os US$ 60 por barril após anos, também influencia as expectativas. Como contrapeso, há rumores de que os EUA podem fechar acordos comerciais com Japão e Coreia do Sul, importantes compradores de milho.

Já o trigo tem uma movimentação mista: em Chicago, o contrato de maio subia 1,0 ponto, cotado a US$ 541,0/bushel, com máxima de US$ 545,0 e mínima de US$ 536,75. Enquanto o mercado de Kansas se mantém estável, sustentado pela necessidade de umidade nas regiões produtoras, Chicago sofre leve pressão baixista devido ao contexto geopolítico. No entanto, a desvalorização de 0,8% do dólar frente ao euro melhora a competitividade do trigo americano frente às exportações da União Europeia.

Nos mercados sul-americanos, as cotações também refletem os impactos globais: no Paraguai, a soja está cotada a US$ 361,79 (maio) e US$ 365,92 (julho) em Assunção; o milho, a US$ 235 (abril), e o trigo a US$ 250 em Campo 9 e US$ 275 no oeste do Paraná. Com o CEPEA fora do ar nesta manhã, os traders locais buscam referências externas para suas decisões comerciais.
 

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