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FPA articulará Plano Safra junto à Fazenda

O episódio reforçou a necessidade de mudanças estruturais no modelo do Plano Safra



O episódio reforçou a necessidade de mudanças estruturais no modelo do Plano Safra O episódio reforçou a necessidade de mudanças estruturais no modelo do Plano Safra - Foto: Pixabay

O setor agropecuário conseguiu reverter a suspensão das contratações de crédito do Plano Safra 2024/25 após forte pressão de entidades do agronegócio e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A decisão inicial do Tesouro Nacional de interromper os financiamentos gerou preocupação entre produtores e parlamentares, levando o governo a editar uma Medida Provisória para recompor R$ 4,178 bilhões ao programa. O anúncio ocorreu menos de 24 horas após a mobilização do setor, garantindo a continuidade do crédito rural.  

“A organização e mobilização do setor agropecuário mostraram que não é necessário um comando central para reagir a decisões equivocadas. A resposta foi imediata, e o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu o erro e anunciou uma nova MP para resolver a questão”, disse o presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), em coletiva de imprensa.

O impasse ocorreu em meio ao aumento da taxa Selic, que elevou os custos financeiros do programa e contribuiu para o esgotamento dos recursos disponíveis. A falta de comunicação prévia sobre a suspensão gerou críticas à articulação política do governo, ampliando a pressão para uma resposta imediata. Diante do impacto da medida, a interlocução entre o setor agropecuário e o Ministério da Fazenda se intensificou, resultando na edição da nova Medida Provisória.  

O episódio reforçou a necessidade de mudanças estruturais no modelo do Plano Safra, que atualmente é planejado no meio do ano, gerando incertezas para os produtores. A proposta defendida pelo setor produtivo busca a inclusão do programa na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA), permitindo maior previsibilidade e estabilidade no acesso ao crédito rural.

“Na carta, destacamos não apenas a relevância do Plano Safra, mas também a atuação firme da FPA, cuja reação imediata pressionou o governo a reverter o corte e garantir a continuidade dos recursos, indispensáveis para o setor agropecuário”, disse a presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Tania Zanella.
 

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