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Consultoria reduz mix de açúcar

A Hedgepoint aumentou a estimativa de produção de cana em quase 6 Mt


Segundo a Hedgepoint, a revisão do mix de açúcar não reflete uma mudança nas estratégias Segundo a Hedgepoint, a revisão do mix de açúcar não reflete uma mudança nas estratégias - Foto: Canva

A Hedgepoint Global Markets atualizou sua estimativa para a safra de cana-de-açúcar 2024/2025 do Centro-Sul do Brasil, elevando-a para 620 milhões de toneladas (Mt). No entanto, o mix de produção de açúcar foi reduzido para 50,3%. O mercado de açúcar tem enfrentado uma queda recente devido a perspectivas mais positivas na Índia e na Tailândia. Mesmo assim, a demanda por açúcar continua forte, mantendo o Brasil como o maior player global do setor.

Segundo a Hedgepoint, a revisão do mix de açúcar não reflete uma mudança nas estratégias das usinas para maximização de lucros, já que o etanol não representa uma ameaça competitiva. A redução para 50,3% no mix de açúcar se deve principalmente à menor qualidade da cana, afetada por um recente período de seca, e ao alto volume de moagem. O Total de Cana por Hectare (TCH) permanece robusto, com 89,35 toneladas por hectare (t/ha), apenas 3,5% abaixo da safra anterior e 21,6% acima da média histórica. Embora o clima favorável tenha acelerado a moagem, os números indicam um volume mais robusto do que o estimado anteriormente.

A Hedgepoint aumentou a estimativa de produção de cana em quase 6 Mt, alcançando 620 Mt para a safra 2024/2025. Apesar desses ajustes, o impacto na produção de açúcar e nos fluxos comerciais é considerado mínimo. Esta atualização destaca a resiliência da produção de cana no Centro-Sul do Brasil, apesar dos desafios climáticos recentes, reafirmando a posição do país como líder no mercado global de açúcar.

“O último relatório da Unica, divulgado em 11 de julho, destacou dois aspectos importantes da safra 24/25. Primeiro, o mix de açúcar permaneceu abaixo de 50% durante a segunda quinzena de junho, tornando extremamente difícil manter a expectativa de mais de 51% para a temporada. Em segundo lugar, é provável que o volume de cana seja maior”, diz Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da Hedgepoint.
 

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