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Bioestimulante testado em lavouras de soja aponta aumento na produtividade

O bioestimulante vem sendo testado em outras culturas



Foto: Pixabay

Um estudo realizado em lavouras de soja no estado do Mato Grosso investigou os efeitos de um novo bioestimulante na produtividade das plantas e na qualidade do solo. Os experimentos foram conduzidos nos municípios de Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade, com foco na emissão de carbono, nas propriedades do solo, no sistema radicular e no desenvolvimento das plantas.

O produto testado foi o Marin Deep, um bioestimulante desenvolvido pela empresa Ambios, composto por algas marinhas e aminoácidos extraídos da tilápia. A pesquisa foi conduzida por Cassiano Cremon, pesquisador da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), com apoio da empresa Natter, responsável pela testagem. “Os resultados preliminares indicaram um aumento na produção de soja em áreas onde o produto foi aplicado. Em algumas situações, esse incremento superou os 11%. Adicionalmente, as análises revelaram uma correlação positiva entre a utilização do produto e a elevação dos níveis de carbono lábil no solo, um componente importante para a saúde e a atividade microbiana do ambiente radicular”, explicou Cremon.

De acordo com os pesquisadores, o diferencial do bioestimulante está em sua composição rica em carbono orgânico, na versatilidade de aplicação e no fato de não se enquadrar na categoria de fertilizante tradicional. “O bioestimulante se destaca por sua versatilidade, sendo compatível com diversos insumos utilizados no campo, como inoculantes, herbicidas e fungicidas. Além disso, pode ser aplicado tanto via foliar quanto no solo, mantendo sua ação benéfica mesmo ao atingir o solo após a aplicação nas folhas”, acrescentou o pesquisador.

O diretor de produção da Natter, Thiago Barros da Rocha, destacou o interesse do setor por tecnologias que possam melhorar a resiliência das lavouras frente a condições climáticas adversas. “A instabilidade climática no plantio da soja tem intensificado a procura por tecnologias que ajudem as plantas a superarem o estresse oxidativo, permitindo um estabelecimento mais eficiente com menor gasto de energia. O Marin Deep se apresenta como uma ferramenta promissora nesse cenário, otimizando a performance da planta e a rizosfera, que desempenha um papel fundamental para um bom início e, consequentemente, para uma alta produtividade”, afirmou. Além da soja, o bioestimulante vem sendo testado em outras culturas.

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