Trigo: Moinhos compram pouco e seguram preços
Em Santa Catarina, o mercado segue travado
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A queda nas cotações de Chicago impactou as oportunidades de exportação de trigo no Rio Grande do Sul, segundo a TF Agroeconômica. O estado ainda tem uma oferta significativa de aproximadamente 1,15 milhão de toneladas, garantindo certa tranquilidade aos moinhos locais. Os compradores indicam preços de R$ 1.280,00 por tonelada para embarques em março, enquanto os trigos mais fortes alcançam R$ 1.350,00.
No entanto, a ausência de demanda externa limita a valorização do cereal. No porto, os preços de trigo Milling chegaram a R$ 1.310,00, sem registro de negócios expressivos. Já o trigo para ração teve negociações pontuais a R$ 1.300,00.
Em Santa Catarina, o mercado segue travado pela disputa entre compradores e vendedores. O trigo do Rio Grande do Sul chega ao estado com preços em torno de R$ 1.600,00/t, incluindo frete e ICMS. A demanda por farinha segue fraca, pressionando as compras. Os preços da saca no estado variam de R$ 68,00 a R$ 74,33, dependendo da região. Algumas cooperativas optam por segurar estoques, esperando uma valorização futura.
No Paraná, a disponibilidade reduzida fez os preços subirem ligeiramente. Os moinhos da região centro-sul pagam R$ 1.450,00/t para entrega em março e pagamento em abril. Algumas operações foram fechadas a R$ 1.400,00 FOB por produtores que precisavam liberar espaço para a soja e o milho. O trigo importado da Argentina chega ao porto por US$ 270/t, enquanto o trigo paraguaio no oeste do estado é comercializado a R$ 1.450,00 CIF. A média estadual da saca recuou 0,08%, para R$ 72,85, com a margem de lucro do produtor caindo levemente para 6,07%.