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Alta dos insumos pressiona o produtor: economizar na lavoura pode sair caro?

A alta nos custos de produção tem levado produtores a buscarem formas de economizar



Foto: Divulgação

A alta nos custos de produção tem levado muitos produtores rurais a buscarem formas de economizar. No entanto, cortar investimentos em defensivos, fertilizantes e outros insumos essenciais pode comprometer seriamente a produtividade da lavoura.

“Hoje, quando olhamos para os preços de defensivos, fertilizantes e sementes, percebemos que houve uma queda em relação às últimas safras. No entanto, outros custos, como mão de obra, diesel e captação de crédito, aumentaram significativamente”, explica João Tomás, gerente de marketing regional da Ihara.

Com a pressão financeira, alguns produtores tentam reduzir despesas eliminando aplicações de inseticidas, fungicidas ou fertilizantes, o que pode resultar em um impacto negativo na produção. O especialista alerta que a produtividade deve ser a prioridade para garantir a viabilidade econômica da lavoura.

“Muitas vezes, o produtor economiza onde não deveria. Se ele corta defensivos ou não faz o controle adequado de pragas, doenças e plantas daninhas, o prejuízo pode ser muito maior do que a economia inicial”, destaca.

O uso de produtos com ação rápida e residual é um fator-chave para garantir o controle efetivo de pragas e doenças na lavoura. Tomás cita o exemplo do percevejo, uma praga comum na soja, que pode causar grandes danos caso não seja controlada de maneira eficiente.

“Se um inseticida demora três dias para agir, nesse período a praga continua atacando a lavoura e colocando ovos, o que gera uma nova infestação”. 

O especialista reforça que, mesmo diante da alta dos custos, é fundamental que o produtor mantenha o foco na produção e adote estratégias eficientes para proteger sua lavoura. Investir em tecnologias de manejo e controle de pragas pode ser a melhor forma de garantir uma safra produtiva e rentável.

“No final das contas, o que realmente importa para o produtor é o retorno financeiro. E esse retorno só vem com produtividade. Reduzir custos de forma errada pode parecer vantajoso no curto prazo, mas pode comprometer a rentabilidade da lavoura no final da safra”, conclui Tomás.

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